O governo do prefeito Paulo Serra (PSDB) articulou a sua ampla base aliada na Câmara para impedir que os protocolos de requerimento de informação do vereador Ricardo Alvarez (PSOL) chegassem ao executivo andreense.
De acordo com o líder do governo na Casa, o vereador coronel Sardano (PSD), um dos motivos da rejeição dos requerimentos é que o vereador psolista tem levado o prefeito e a deputada e primeira-dama da cidade, Ana Carolina Serra, “às barras dos tribunais”.
“Eu sou apenas o porta-voz. Nós temos uma base de apoio ao prefeito e entendemos que não é o caso de ficarmos dando força para esse tipo de postura, fazer o nosso prefeito responder na Justiça, a deputada Ana Carolina…”, esclareceu Sardano.
Confira a íntegra da fala do líder do governo durante a sessão AQUI. Votaram contra a matéria de rejeição dos requerimentos apenas os vereadores Wagner Lima (PT) e Pedro Awada (PATRIOTA), além do próprio Alvarez.
“LAMENTO a falta de capacidade dessa Casa de lidar com a diferença. Rejeitar requerimentos é tolher o papel do vereador de fiscalização. Isso é antidemocrático! Qual a autonomia do vereador aqui, é o prefeito quem manda?”, questionou Alvarez.
Entre os requerimentos rejeitados, estava um que questionava se o governo municipal tem CONTRATOS ASSINADOS com o marqueteiro Duda Lima, que trabalhou nas campanhas do atual prefeito, Serra, e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O nome de Duda Lima apareceu nesta semana no depoimento do hacker de Araraquara, Walter Delgatti, à CPI dos Atos Golpistas de 8 de Janeiro, que investiga esquema de fraudes em urna eletrônica a pedido do ex-presidente.
Outro assunto que pode ter incomodado o prefeito municipal é o questionamento sobre a AUSÊNCIA DA CIDADE de Santo André em reunião com o Pronasci, programa do governo federal que garante verbas para a segurança das cidades.
Santo André está na lista do governo federal entre as cidades mais violentas do Brasil e teria prioridade em receber verbas direcionadas pelo Ministério da Justiça, a partir dessa primeira rodada de reunião com a pasta.
Alvarez também questionou qual a forma de PESAGEM E FISCALIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS da cidade, serviço prestado pela empresa Peralta Ambiental, um dos maiores contratos da prefeitura municipal.
Para finalizar, o registro em ata sobre as negociações para a INSTALAÇÃO DA UBS INDÍGENA na aldeia Guarani Guyrapajú e o PROJETO DO PET PARQUE previsto no Parque Central.
“LAMENTO essa postura de rejeitar requerimentos de informação. Eu estava fazendo apenas uma pergunta e os vereadores não querem nem que o executivo responda. Eu quero entender DO QUE O PREFEITO TEM MEDO?”, questionou Alvarez.
A Câmara também votou definitivamente a MUDANÇA DE HORÁRIO DAS SESSÕES legislativas para um único dia da semana.