Mais um etapa do processo de desmonte na área ambiental promovido pelo governo Bolsonaro, por meio do ministério do Meio Ambiente, se consolidou essa semana.
O CONAMA aprovou a revogação de duas resoluções que protegem manguezais e restingas, áreas de grande valor ambiental pela enormidade de espécies que habitam estes ecossistemas.
A medida acaba com critérios de preservação em áreas litorâneas e mananciais urbanos, abrindo as portas para condomínios de elite, especulação imobiliária e pesqueiros. Foi aprovada também a incineração de embalagens e restos de agrotóxico, além do licenciamento para a irrigação.
O CONAMA aprovou as medidas com ampla votação do colegiado, hoje formado por representantes do governo federal e e associações do setor privado, em sua maioria. Isso por que a participação dos Estados e da sociedade civil teve seus membros reduzidos de 96 para 23 representantes no ano passado, sob estratégia do ministro do meio ambiente, Ricardo Salles.
As dunas do nordeste brasileiro, restingas belíssimas e mangues valiosos correm sério risco de desaparecimento ao longo do tempo, caso as medidas sejam mantidas.
Segundo o governo Bolsonaro, as áreas já são preservadas por lei. Ocorre que as resoluções são específicas e têm como objetivo ampliar a proteção a partir das leis genéricas.
Já não bastam as queimadas no Pantanal e na Amazônia, manchas de óleo nas praias e desmatamento recorde, agora o governo quer estender a devastação ao restante do Brasil.
Enquanto a população sofre com a pandemia, empregos precários, serviços públicos sucateados e o desemprego, Bolsonaro e seu ministro Salles seguem passando a boiada. Estamos na luta em defesa da preservação do meio ambiente e contra a política devastadora do governo federal!