Poucos são os que defendem publicamente aproveitar os recursos naturais sem limites, mas muitos praticam. É o caso do governo Bolsonaro. As queimadas na Amazônia pelo avanço do agronegócio merecem o repúdio enfático da comunidade internacional e do povo brasileiro, mas ele minimiza a tragédia e facilita a atuação dos desmatadores.
Santo André tem um patrimônio ambiental de grande valor. A área de proteção aos mananciais, coberta pelo domínio morfoclimático dos Mares de Morros ou da mata Atlântica, representa mais de 50% de nosso território e tem que merecer uma atenção especial do novo governo, não apenas como protyeção, mas pela necessidade de recomposição e ampliação da cobertura vegetal.
Por isso mesmo somos radicalmente contra a criação de um Porto Seco em Campo Grande, iniciativa empresarial apoiada pelo prefeito Paulo Serra, mas emperrada até agora pela ação do movimento ‘Contra o Porto Seco”.
Paranapiacaba é um marco neste sentido. Deve ser pensada na lógica da preservação, da particiopação direta da população local na definição de projetos e na expansão do uso por atividades econômicas com foco na preocupação ambiental.
Os aquíferos urbanos também devem ser objeto de recuperação com vistas à melhoria na qualidade de vida, atividade de reacreação e lazer e na redução de danos na saúde pública, vale para os rios, córregos e a Billings. O Guaraciaba deve se transformar num parque na próxima gestão.
Políticas públicas que pensem os recursos naturais como infindáveis devem ser abandonadas. Os objetivos do milênio devem servir de apoio à gestão e devemos buscar apoio na sociedade andreense, nos programas federais e estaduais e na comunidade internacional no sentido de transformar Santo André numa cidade verdadeiramente verde.